A educação inclusiva representa uma “ação política, cultural, social e pedagógica, em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, a aprender e participar, sem nenhum tipo de discriminação”. Deste modo, a escola necessita de reconhecer os próprios desafios e encontrar estratégias pedagógicas para evitar práticas discriminatórias e proporcionar um sistema educacional inclusivo.
O objetivo é garantir que as crianças com necessidades especiais tenham as mesmas condições de socialização, aprendizagem e desenvolvimento de habilidades cognitivas no ambiente escolar.
Desta forma, existem diversas estratégias pedagógicas que podem ajudar na inclusão escolar:
- Conhecer as necessidades de cada aluno: A primeira estratégia passa por conhecer as necessidades de cada aluno. Tal como mencionado anteriormente, o acompanhamento da criança é essencial para definir e proporcionar um trabalho especializado no ambiente escolar. Cada aluno com necessidades especiais tem diferentes particularidades e exigências, que devem ser conhecidas e tidas em consideração para que o trabalho desenvolvido ao longo deste percurso escolar seja bem-sucedido.
- Envolver a família na inclusão escolar: A família tem um papel fundamental neste processo de inclusão, deve contribuir com o diálogo para relacionar experiências e partilhar com a escola informações relativamente ao aluno. A ligação entre ambas as partes deve ser trabalhada porque em conjunto, a oportunidade de desenvolvimento e aprendizagem da criança é maior.
- Promover a inclusão escolar: A comunicação é a melhor forma de evitar impactos negativos no processo da inclusão. É natural que algumas crianças possam ter dificuldades em lidar com outras crianças portadoras de deficiência, por não estarem habituadas a esse tipo de socialização. Desse modo, as campanhas de inclusão são fundamentais para erradicar o preconceito.
A melhor forma de ligar as duas realidades é proporcionar um ambiente saudável na escola, para desenvolver a relação entre as crianças e tornar os alunos com necessidades especiais mais receptivos às novas amizades. Assim, têm a oportunidade de interagir com crianças com idades similares, de modo espontâneo e ter a oportunidade de aprender novas competências sociais e comunicativas.
- Realizar avaliações individuais: Cada aluno com necessidades especiais tem um ritmo de aprendizagem muito particular, e por isso, é necessário adaptar os instrumentos de avaliação às necessidades dessa criança, com o objetivo de encontrar a melhor forma de desenvolver as suas capacidades. Para que a avaliação seja inclusiva e apresente bons resultados, deve-se ter em consideração aspetos como:
- Criar um estilo de avaliação que respeite o ritmo individual de cada aluno;
- Avaliar pontos positivos e negativos de forma não classificatória, mas sim construtiva;
- Atribuir um tempo de avaliação distinto para cada caso;
- Aceitar a diversidade de fatores no processo de construção do desenvolvimento desses alunos;
- Associar os instrumentos e recursos de avaliação que mais se relacionem às necessidades de cada aluno.
- Investir em tecnologia: Os materiais escolares são um recurso e apoio fundamental para a inclusão escolar. Na atualidade, alguns instrumentos interativos podem contribuir para as estratégias pedagógicas. Quanto maior for o número de recursos e a familiaridade dos alunos com essas ferramentas, melhores serão os resultados de aprendizagem.
Adotar estratégias pedagógicas para crianças com necessidades especiais no ambiente escolar é, portanto, essencial para garantir que a integração seja bem-sucedida e que as oportunidades de aprendizagem também sejam proporcionadas.
Fonte: IPLNT